Festival em Cachoeira enfatiza o cinema nacional

Filmes de diferentes gêneros e estilos compõem a programação do X Panorama Internacional Coisa de Cinema em Cachoeira, que acontece de hoje, 29 de outubro, a 02 de novembro. A cidade recebe o festival pelo terceiro ano consecutivo, com acesso gratuito às sessões e a realização de debates com diretores e equipes ao fim da exibição. Os filmes são apresentados no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Literatura (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo.

A programação será iniciada com “2001 – Uma odisseia no espaço”, de Stanley Kubrick, que será exibido dia 29, às 9h. Transformada em um clássico do cinema, a cena inicial faz o link entre a pré-história e uma viagem espacial quatro milhões de anos depois. Astrounautas seguem para investigar um monolito negro que parece emitir sinais de outra civilização, mas o computador HAL 9000, que opera a nave, entra em pane e tenta assumir o controle da missão.

Logo após a exibição, às 11h30, o Cinema de Kubrick será tema de debate com Victor Guimarães, da Revista Cinética, Rafael Saraiva, do site Coisa de Cinema, e o professor da UFRB Adriano Oliveira. No mesmo dia, às 15h, será exibido “Tudo Perdoado” (Tout est pardonné), da cineasta francesa Mia Hansen-Løve. O trabalho da diretora também marca presença em 1º de novembro, às 14h, quando será exibido “O pai dos meu filhos”.

A sessão das 17h30 do dia 29 inicia a sequência de filmes nacionais, foco central do Panorama em Cachoeira, com “Ela volta na quinta”, de André Novais, premiado no Festival de Brasília. O longa transita de forma peculiar entre o documentário e a ficção, mostrando como uma crise no relacionamento de um casal de idosos afeta a rotina dos filhos, dois rapazes que se preparavam para sair de casa. O filme será acompanhado dos curtas “Camila”, de Clarissa Rebouças e Virginie Dubois; e “A Era de Ouro”, de Leonardo Mouramateus e Miguel Antunes Ramos. Os três integram a Competitiva Nacional, cujas seções são seguidas de debate com os realizadores.

“Nos interessa muito, sobretudo, os filmes de ficção que estão na competitiva brasileira e baiana e a possibilidade de debatermos essa produção com os realizadores, promovendo a exibição associada à crítica e à reflexão”, ressalta a coordenadora do Cineclube Mário Gusmão, parceiro da produtora Coisa de Cinema na realização do festival. O Cineclube Mário Gusmão é um projeto de pesquisa e extensão do curso de Cinema e Audiovisual do CAHL/UFRB. 

O festival conta com o patrocínio da Petrobras e do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura.